Terminou neste sábado, 8, a 17ª edição da Copa do Nordeste. O resultado decepcionou os torcedores do vozão, que crentes no último resultado do primeiro jogo (1 a 0 para o Ceará) chegaram a essa partida fervorosos com a possibilidade de levar facilmente o campeonato. Para a surpresa, o Bahia venceu a partida no tempo normal (2 a 1) e, com o resultado do jogo, forçou uma final de penalidades máximas, derrotando o Ceará por 4 a 2 e se tornando tetracampeão da taça. Acompanhe mais detalhes da partida e do (lamentável) final de jogo.
A grande final foi disputada na Arena Castelão, em Fortaleza, e o Tricolor de Aço ficou muito perto da vitória no tempo regulamentar, mas o Ceará lutou e carregou a decisão de emoção. Rodriguinho abriu o placar aos 18 minutos para o Bahia no segundo tempo. Gilberto ampliou aos 25 minutos. Mas Jael, aos 38, descontou. A primeira boa chance surgiu aos 8 minutos, em bola alçada à área pelo Vozão. Em lance ensaiado, a bola foi cruzada e bateu na cabeça de Oliveira. Matheus Teixeira se esticou todo e fez a defesa. Aos 11, Rossi tentou surpreender a defesa do Ceará com um chute de fora da área, mas Richard defendeu com facilidade. Aos 19 minutos, Vina cobrou um escanteio fechado e obrigou Richard a fazer uma defesa difícil. Dos 20 aos 24 minutos, o clima do jogo esquentou. Com a tentativa dos dois times de chegar à vitória, os ânimos se exaltaram e foram distribuídos quatro cartões amarelos —dois para cada equipe. Foram amarelados para o Bahia Juninho e Rossi, enquanto Lima e Mendonza receberam o cartão pelo lado do Vozão. Com a bola rolando mais uma vez, o Bahia teve uma boa chance aos 27 minutos, em chute de Matheus Bahia de dentro da grande área. A bola desviou e bateu na rede pelo lado de fora. Richard salva o Ceará Foram três chutes perigosos defendidos pelo goleiro Richard, do Ceará. Aos 13 minutos do segundo tempo, em cruzamento do Bahia na área, ficou a dúvida se a bola teria batido na mão do zagueiro Luiz Otávio, capitão do Ceará, e o árbitro Denis Ribeiro foi à cabine do VAR para definir se seria pênalti. Após cerca de dois minutos de análise, o árbitro decidiu marcar a penalidade. Rodriguinho na bola. Bola de um lado, goleiro do outro e vantagem do Bahia no placar. Aos 25 minutos, em contra-ataque rápido, Matheus Bahia correu pela esquerda e tocou para Rodriguinho, que passou para Gilberto na entrada da grande área. O artilheiro da competição balançou na frente da zaga do Ceará e mandou de canhota para o gol, no cantinho. Artilheiro dessa edição da Copa do Nordeste, Gilberto chegou ao oitavo gol no regional. Se no primeiro jogo Jael deu a vitória ao Ceará, na segunda partida ele fez renascer a esperança. Aos 38 minutos, Marlon cruzou a bola no meio da grande área e Jael testou com força para dentro do gol. Matheus Teixeira ainda pulou na bola, mas não conseguiu fazer a defesa.
Nos pênaltis, o Bahia levou a melhor sobre o Ceará por 4 a 2 no desempate. Rodriguinho, Matheus Galdezani, Lucas Araújo e Conti marcaram pelo Bahia, enquanto Thonny Anderson perdeu (defesa de Richard). Lima e Fernando Sobral fizeram para o Ceará. Já Jorginho (defesa de Matheus Teixeira) e Marlon (para fora) perderam as penalidades.
PROBLEMAS COM ARBITRAGEM
Jogadores e torcedores do Vozão relataram problemas com a arbitragem escolhida pelos dirigentes da Copa do Nordeste. Segundo a fala de muitos, a equipe de árbitros seria de “5ª categoria”. Os problema envolveriam de marcações de falta não realizadas até a decisão pelo sistema do VAR. A torcida do Bahia desconta falando que o time cearense e sua torcida “não sabem perder”.
BRIGA EM CAMPO
De forma lamentável, a partida terminou, após a disputa de pênaltis e antes da cerimônia de entrega de medalhas e troféus, em uma séria briga ainda no campo, entre os jogadores dos dois times. O colombiano Stiven Mendonza e o atacante Jael iniciaram a briga e foram apartados por membros da comissão técnica. Imagens do momento da confusão registradas pelo Nordeste FC mostraram os jogadores do Bahia comemorando aos gritos o triunfo da equipe. Pouco depois, os atletas do Ceará avançaram em sua direção para tirar satisfação com os rivais. De acordo com relatos da transmissão, jogadores chegaram a pegar cadeiras para agredir outros, e havia pessoas estiradas no gramado do Castelão.

A confusão se estendeu por muitos minutos. Depois, na hora da cerimônia de premiação, os jogadores do Ceará não voltaram ao campo para receber a medalha de vice-campeão.
“Ouvimos comentários de repórteres falando que o Bahia era freguês, foi algo que nos deixou engasgado contra o Ceará. Tenho amigos dentro clube, que respeito muito. Ano passada eles foram campeões e fizeram de tudo em Salvador, deixamos à vontade. Neste ano, porque comemoramos do nosso jeito aconteceu isso. O futebol não deve ser assim”, disse o atacante do tricolor de aço, Gilberto, artilheiro da Copa do Nordeste. A fala do atacante é forte, porém verdadeira. Mais fairplay e menos ódio em campo.
Com informações de UOL