Eleição suplementar em Pacujá é suspensa por Alexandre de Moraes
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, decidiu pela suspensão da eleição suplementar de Pacujá que aconteceria no próximo domingo (5). O pleito havia sido marcado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) em 1º de dezembro.
O ex-prefeito do município, Raimundo Filho (PDT), e o ex-vice prefeito, José Antônio (UB), haviam apresentado recurso inicialmente no TRE-CE , porém, os dois tiveram decisão desfavorável e agora recorreram à Suprema Corte. A suspensão ocorrerá até o julgamento do mérito do recurso no TSE.
Apesar da decisão, Raimundo Rodrigues de Sousa Filho e José Silva de Abreu permanecem afastados dos cargos de prefeito e vice, enquanto segue interinamente à frente da Prefeitura de Pacujá o (a) presidente(a) da Câmara Municipal.
A nova eleição havia sido marcada após investigações, ambas realizadas em 2020, que detectaram a prática de compra de votos. Os trabalhos do Ministério Público do Ceará (MPCE) apontaram compra de apoio parlamentar em troca de benefícios pessoais, como passagens aéreas, materiais de construção, depósito de valores e repasse de dinheiro em espécie.
Além do prefeito e do vice-prefeito, quatro vereadores que beneficiados pelo esquema também tiveram seus mandatos cassados pelo TRE-CE: Francisco Antônio de Oliveira Júnior, Lincélica Maria Ribeiro, Washington Luís Alcântara e Braz Rodrigues Alves. Todos são filiados ao PDT e também receberam como punição multas de RS 50 mil e inelegibilidade por oito anos.