Em plena pandemia, médicos estão com salários atrasados em 16 cidades. Quixadá é exemplo negativo

Em plena pandemia do novo Coronavírus, no Ceará 16 municípios estão devendo o salário e dividendos dos profissionais da medicina, segundo indica o Sindicato dos Médicos do Ceará. Com a grave situação, a sociedade com um todo pode sofrer com a inadimplência das cidades que ainda se encontram nesta calamitosa situação.

De acordo com Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato, o que está acontecendo neste momento não é raro ou passageiro no nosso Estado e, por conta disso, a entidade criou o chamado ‘Devedômetro’. A criação é uma ferramenta que lista as cidades onde há atraso do pagamento aos médicos atuantes nas localidades.

“Ás vezes, a unidade de saúde não tem médicos não porque os profissionais não querem trabalhar lá, mas sim porque eles não podem confiar que o trabalho realizado nos municípios constados no Devedômetro irá ser pago”, fala Leonardo, ao explicar o motivo da população ser atingida com o atraso.

Abaixo, confira a lista das 16 cidades por região administrativa do Ceará que estão com salários atrasados:

Norte:

  • Aracoiaba
  • Baturité
  • Caridade
  • Catunda
  • Chaval
  • Ipueiras
  • Itapipoca
  • Mulungu
  • Pires Ferreira

Sertão Central:

  • Quixadá

Vale do Jaguaribe:

  • Alto Santo
  • Aracati
  • Icó
  • Limoeiro do Norte

RMF (Região Metropolitana de Fortaleza):

  • Acarape
  • Maranguape

O CASO DE QUIXADÁ

Além de ser a única representante negativa do Sertão Central cearense na lista, Quixadá vem sofrendo de um descaso na área há meses. Desde o início do ano, profissionais da saúde do município -além dos médicos, enfermeiros, auxiliares, em especial os da Unidade de Pronto Atendimento 24h, a UPA, se queixam dos atrasos salariais. A gestão não quis receber o sindicato dos servidores para negociar e queria impor um parcelamento de 15x nas dívidas. Uma intervenção do Ministério Público foi realizada e até junho, seis meses se passaram e nem todos os valores dos salários estavam quitados.

Em falas e entrevistas em programas de rádio, munícipes, funcionários e servidores, como também as representações do Sindicato relataram a dificuldade em dialogar com a gestão. O prefeito Ricardo Silveira parece querer impor apenas suas vontades, sem negociar, e a secretária de Saúde do município, Benedita Oliveira, foge sempre que pode das indagações e questionamentos.

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