Quixadá: depois de 6 meses, prefeitura começa a entregar merenda de alunos. Kit, porém, é pequeno e diverge, relatam pais

Depois de nada mais que 6 meses, a gestão de Quixadá, representada pelo médico Ricardo Silveira, começou a entregar na manhã desta sexta, 11, os Kits de merenda escolar para alunos da rede pública municipal. A gestão tentou outras vezes comprar os alimentos, contudo, todas as licitações anteriores haviam sido canceladas ou suspendidas por incompetência de quem as montou. Só foi possível a compra e entrega agora por que a prefeitura pegou “carona” em outra licitação, de outros município.

Amplamente alardeada nas redes sociais, a entrega dos kits, porém, foi igualmente criticada por pais e responsáveis. Após meio ano ter passado e até mesmo humilhações em rádio serem ouvidas -como em áudios que circulam mostrando o deboche de integrantes e partidários do prefeito, dizendo que a demora ‘valeria a pena’- os responsáveis pelos alunos enfrentaram longas filas, por vezes no sol extremamente quente, como registrado no entorno da escola Nemésio Bezerra, para pegar os gêneros que, segundo relatos, não vão durar duas semanas. Sim, mesmo com os repasses para merenda continuarem vindo, a prefeitura entregou um kit que, em teoria cobriria a falta dos últimos meses, mas não dura duas semanas.

Além disso, foi relatado também as divergências entre os pacotes entregues pelo poder municipal. Enquanto alguns kits vem com determinado gênero, em outros o mesmo alimento está em falta. Segundo fala da ex-secretária de educação de Quixadá, Lígia Saraiva, que ordenou e organizou ao menos três entregas no ano passado, a divergência acontece em razão do certame realizado por Ricardo Silveira; ao preferir “pegar carona” na licitação de outro município, haveria o risco das quantidades elaboradas para tal cidade não refletirem ou cobrirem as necessidades de outra, como Quixadá. A prática não é ilegal, mas se não aplicada com o devido cuidado e observação, deixa a desejar, como acontece agora.

Vereadores da oposição, em Quixadá, que cobravam há meses a distribuição dos kits também buscarão se inteirar do certame e dos gêneros comprados. Caso superfaturamentos ou disparidades sejam identificadas, os gestores estarão passíveis de investigação. Durante todo o dia, programas de rádio locais receberam ligações com falas críticas envolvendo o caso.

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