Copa América no Brasil: após desistências de Colômbia e Argentina, Conmebol anuncia realização do evento no país

O Brasil é o novo país-sede da Copa América. Após reunião emergencial nesta segunda-feira, a Conmebol decidiu por transferir para cá a realização do torneio, que seria inicialmente na Colômbia e na Argentina. Pesou a favor do Brasil a expertise da organização da última Copa América, em 2019 (vencida pela Seleção). Além disso, outro argumento utilizado foi o fato de o país ter mais estádios em boas condições para os jogos das equipes nacionais sul-americanas.

De acordo com a confederação, as datas de início e término do torneio estão confirmadas — 13 de junho e 10 de julho. Cidades-sedes e a tabela de jogos serão anunciadas “nas próximas horas”. A Conmebol deseja fazer a final no Rio de Janeiro, no Maracanã.

Segundo o apresentador André Rizek, do Seleção SporTV, além do Maracanã, governo federal também quer jogos em Brasília e em Manaus. Houve uma consulta nesta segunda-feira ao governo federal, que deu sinal verde para o torneio. A entidade agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro e à CBF por “abrir as portas desse país” para o “evento esportivo mais seguro do mundo”. 

Especialistas ouvidos pelo portal de notícias da Globo, o G1, criticaram a decisão. Eles avaliaram que os riscos incluem o aumento de viagens dentro do país, importação de novas variantes e aumento da taxa de contágio. Marcelo Otsuka, infectologista e coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), afirmou que neste momento não é ideal ter uma competição desse porte no país.

“O Brasil tem um alto número de casos e ainda vive um platô de óbitos e números que ainda são alarmantes, próximos a duas mil mortes por dia”, lembrou Otsuka.
A médica Lucia Pellanda, professora de epidemiologia e reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), fez avaliação semelhante O epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), disse que a decisão é “temerária”. Para a epidemiologista Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o anúncio é “inacreditável. E ainda com a variante identificada na Índia aqui no Brasil. Muito triste. É muita irresponsabilidade com a vida dos brasileiros. Mais uma vez as questões financeiras se sobrepondo às questões de saúde publica
Na internet, as críticas são incalculáveis.
Com informações de Globo Esporte e G1.com

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