Mesmo em lockdown, Quixadá não consegue conter aglomerações em bancos e lotéricas
Mesmo estando em lockdown desde a madrugada do último sábado, 24, a cidade de Quixadá não conseguiu eliminar por completo aglomerações. Além dos ‘fluxos’ nas madrugadas e de bares abertos em áreas rurais longe do centro urbano do município, as aglomerações também são visíveis e a luz do dia no centro da terra dos monólitos. Dezenas de pessoas foram vistas, durante todo o início dessa semana, em imensas filas, ao redor das agências bancárias e lotéricas da cidade.
Sim, os bancos são alocados como serviços essenciais, contudo não podem, de forma alguma, funcionar como disseminadores do vírus. Essa não é a primeira vez que aglomerações são registradas ao redor das agências. Ano passado, durante o lançamento do Auxílio Emergencial, uma enorme fila foi registrada na Caixa Econômica Federal da cidade, contudo, a gestão municipal da época tratou com urgência o caso, chamando representações das agências bancárias e de setores públicos para uma franca conversa sobre a insustentabilidade do caso. Não a toa, a prefeitura, no período, criou um cordão de isolamento no centro comercial da cidade e preparou um local com tenda, cadeiras, agentes públicos e atendimento para recepcionar os usuários do serviço bancário. Caixa, Banco do Brasil e outros bancos também se comprometeram em contratar agentes extras e organizar um atendimento mais otimizado e refinado, buscando diminuir a quantidade de pessoas que procuravam seus prédios de forma presencial em um dia. Esse ano, porém, os cuidados não foram tomados por ora. Veja abaixo vídeo que circula nas redes sociais escancarando a falta de planejamento de município em relação as aglomerações em serviços essenciais:
Percebeu-se uma falta de sensibilidade e expertise da gestão de Ricardo Silveira em procurar organizar o decreto de acordo com as necessidades, pautando um diálogo claro e franco com sociedade civil, incluindo os bancos, que deveriam estar cientes com antecedência da decisão radical da prefeitura para se prepararem adequadamente. Ainda há tempo de Ricardo tentar correr atrás da falta de planejamento e mostrar pulso, reconhecendo a falha de comunicação e chamando os bancos para a responsabilidade.