Dep. Danilo Forte: na disputa pela sucessão do governo, Cap. Wagner e Eduardo Girão são os nomes mais fortes

O deputado federal cearense Danilo Forte, 62 anos, concedeu entrevista exclusiva ao radialista Luis Lopes, das rádios Progresso AM, de Russas, e Meio Norte FM, de Quixadá. Na participação do parlamentar, diversos assuntos foram abordados, como a situação da pandemia no Brasil e no estado, os caminhos da política e as eleições de 2022.

Sobre a pandemia do novo Coronavírus que assola o país, o deputado disse que “[…] é um momento muito difícil […] o Brasil e o mundo sofrendo com uma doença muito perversa, todo dia notícias de gente que a gente quer bem partindo […]”. O parlamentar lamenta e compartilha da dor causada pela Covid-19, já que, segundo sua participação, perdeu familiares e amigos para a doença. O deputado é enfático ao dizer que a alternativa que temos é “vacina, vacina e vacina!“. “O caminho é a vacina e quanto mais rápido a gente acelerar, tanto a produção interna ou a capacidade de comprar vacina, melhor pro Brasil”, afirma Danilo. O parlamentar acrescenta também a importância de averiguar os desvios de verbas empregadas para o combate a pandemia, e cita o caso do hospital de campanha do PV, em Fortaleza, que está sendo investigado pelo MPCE, como destacamos nessa matéria. Danilo afirma que existem “vários hospitais prontos […]” que, segundo o parlamentar, estão “ociosos” e poderiam suprir as necessidades do estado, caso os recursos fossem enviados a eles.

O deputado fala da necessidade de expansão da campanha de vacinação da população, ponderando que o país tem a capacidade para isso, e exemplifica o que ocorreu entre 2008 e 2009, quando presidiu a FUNASA. “Nós tivemos a maior campanha de vacinação […] do mundo. Vacinamos 87% da população indígena do Brasil”, diz. Em 2009 o mundo passou por surto da gripe H1N1; a época, o governo brasileiro conseguiu e garantiu doses de imunizantes de ao menos 3 farmacêuticas diferentes e vacinou 80 milhões de pessoas em 3 meses: recorde em um sistema de saúde público no planeta. “[estamos] correndo atrás do prejuízo” diz o deputado sobre a situação do atual do Brasil, tendo de “mendigar” vacinas, como destacou. A questão econômica e política também foi discutida pelo legislador. Os consignados aposentados, segundo o deputado, vão ter um alívio de 4 meses, com a suspensão de pagamentos, por lei que partiu de projetos da câmara. Outros detalhes do assunto deverão ser informados em breve.

Quanto a CPI da Covid, aprovada pelo Senado, como destacado aqui, Danilo Forte fez uma avaliação de que o dinheiro público deve sim ser fiscalizado, “em qualquer ente da federação, seja do município, seja do estado ou da União”, destacou. Na visão do parlamentar, o Brasil é um país rico, mas pobre em recursos para o enfrentamento dessa situação. “Tem que investigar todo mundo”, pontua. “Indiferente de onde tenha passado, o Senado tem a obrigação e o dever […]” de investigar. Sobre o cenário político do ano que vem, o deputado destaca sobre as recentes notícias sobre as negociações de uma 3ª via para a disputa presidencial que “[…] no jogo democrático, quanto maior participação, melhor; quanto mais debate tem, mais a democracia se fortalece”. A necessidade é de gente “comprometida” e que seja capaz de tirar o Brasil de onde está, prossegue o parlamentar. A situação do clima é dada como exemplo de política pública necessária por Danilo, para um governo vindouro. A privatização dos Correios não é o mais importante, segundo Forte; nesse momento, o ponto é o enfrentamento a pandemia. Sobre a estagnação da economia, o deputado retorna a urgência da vacinação -ela e o enfrentamento ao novo Coronavírus foram os maiores erros do Brasil. “todos erraram“, incluindo a população, na ótica do deputado.

Quanto a oposição dentro do Ceará, tanto ao governo Camilo Santana quanto aos Ferreira Gomes, o deputado é incisivo ao dizer que é necessário a retirada de apenas “uma família” do poder -em referência aos FG. A burocracia do estado é criticada pelo legislador, por isso a oposição tem que abrir um diálogo com a sociedade para a construção de um projeto para o Ceará. “Há um descontentamento muito grande por parte da sociedade cearense”, destaca Danilo, em referência as eleições de Maracanaú, Caucaia, São Gonçalo, Juazeiro do Norte e Quixadá, vencidas por opositores do governador. Quanto a corrida pela sucessão do Palácio da Abolição, indagado por Luis qual seria o nome da oposição, Danilo limitou-se a dizer que está “em construção”, mas que “Cap. Wagner é um grande nome, Eduardo Girão é um grande nome, tem outras pessoas se colocando no processo e que podem contribuir para esse trabalho”, conclui.

Confira a entrevista completa do deputado.

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