Senado abre CPI da Covid e inclui municípios e estados; Girão e Tasso são indicados para a investigação
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, abriu a chamada ‘CPI da Covid’, para investigar as ações de combate a pandemia no Brasil. Haviam dois pedidos de CPI: um protocolado pelo senador Randolfe e outro pelo cearense Eduardo Girão. Enquanto o primeiro restringe a investigação aos atos do governo Federal, o 2º pedia a inclusão de estados e municípios. Pacheco, então, decidiu unir o requerimento das Comissões Parlamentares de Inquérito. O parlamentar afirmou que as propostas de CPI tratam de “assuntos conexos” e que há precedente para a unificação de objetos determinados de dois pedidos distintos. Segundo Pacheco, o ponto de partido da CPI é o pedido de Randolfe, que trata das “ações e omissões” do governo federal, “acrescido” do pedido de Girão, que trata dos estados e dos municípios. Pacheco ponderou, no entanto, que no diz respeito a governadores e prefeitos a investigação deve se limitar ao destino de verbas de origens federais. O presidente do Senado fez questão de dizer que a CPI será instalada apenas por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF. Barroso, por sua vez, havia baseado sua decisão na Constituição.
CEARENSES NA COMISSÃO
A CPI contará com os senadores cearenses Tasso Jereissati (PSDB) e Eduardo Girão(Podemos). O Ceará é um dos dois estados a ter mais de um membro titular na CPI da COVID. Amazonas é o outro. Segundo o regimento do Senado, não é previsto um prazo máximo para as indicações, mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já avisou a líderes partidários que eles terão dez dias para indicar membros da CPI da COVID.
O bloco qual o PDT de Cid Gomes faz parte indicou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para uma vaga. O PSDB, que compõe o segundo maior bloco da Casa, com Podemos e PSL, articula para que Tasso Jereissati presida a comissão. Caso Tasso seja o presidente da CPI, é provável que o Governo de Jair Bolsonaro fique numa situação bastante desconfortável. O tucano é crítico feroz da forma como Bolsonaro age no comando do Governo Federal.